Gravidez após o câncer de mama: ovodoação como alternativa segura e eficaz

Outubro é o mês da luta contra o câncer de mama, uma doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo e que, graças aos avanços no diagnóstico precoce e nos tratamentos oncológicos, apresentam atualmente taxas de sobrevivência cada vez maiores. No entanto, vencer o câncer não significa, necessariamente, deixar todas as preocupações para trás. Muitas mulheres que superam a doença se deparam com uma nova questão: será que poderei ser mãedepois de ter enfrentado umcâncer de mama?

A resposta dos especialistas em fertilidade é encorajadora. Na maioria dos casos, é possível engravidar após o câncer de mama sem que isso aumente o risco de recidiva nem comprometa a saúde da paciente. Porém, esse caminho exige planejamento, acompanhamento médico especializado e, em muitos casos, recorrer a alternativas de reprodução assistida como a ovodoação.

Gravidez e câncer de mama: uma decisão possível, mas planejada

Estudos atuais demonstram que a gravidez após o câncer de mama não aumentaria o risco de recorrência da doença quando acompanhada de certos parâmetros clínicos, sendo necessário que cada situação seja avaliada de forma individual. Fatores como a idade da mulher, o estágio e a biologia do tumor, os tratamentos recebidos e o tempo decorrido desde a finalização da terapia são determinantes para a tomada de decisão.

Não é o mesmo caso de uma paciente jovem com um tumor localizado e outro de uma paciente com câncer hormônio-sensível que precisou de tratamento prolongado com hormonioterapia.

Em alguns cenários, bastaría esperar de 6 a 12 meses após a quimioterapia para iniciar a tentativa de gravidez. Em outros, pode ser necessário adiar o projeto por alguns anos, dependendo do risco de recidiva.

O fundamental é que a decisão seja compartilhada. Oncologista, ginecologista especialista em fertilidade e obstetra de alto risco devem atuar em conjunto para acompanhar a paciente neste processo.

Exames necessários antes de iniciar a busca pela gravidez

Antes de recomendar qualquer tratamento de fertilidade, é essencial confirmar a remissão completa do câncer e descartar sinais de doença ativa. O oncologista deve autorizar a tentativa de gravidez e assegurar que a paciente tem condições clínicas para enfrentar a gestação.

Além disso, realizam-se exames laboratoriais gerais, avaliações ginecológicas e hormonais para medir a reserva ovariana, além de exames que avaliem o útero e as trompas. Para pacientes que receberam tratamentos potencialmente cardiotóxicos, pode ser indicada também uma avaliação cardíaca.

Quando existem antecedentes familiares de câncer de mama associados a mutações genéticas, como BRCA1 ou BRCA2, recomenda-se aconselhamento genético e, em alguns casos, considerar o diagnóstico genético pré-implantacional, a fim de evitar a transmissão dessas alterações.

Fertilidade após o câncer: por que tantas mulheres recorrem à ovodoação

O impacto dos tratamentos oncológicos na fertilidade feminina é expressivo. A quimioterapia e a radioterapia, especialmente em doses altas, podem danificar os ovários e reduzir drasticamente a quantidade e a qualidade dos óvulos. Esse dano, muitas vezes, pode ser irreversível, resultando em menopausa precoce ou em uma disfunção ovariana grave para que seja possível engravidar com gametas próprios.

Diante desse quadro, a ovodoação se apresenta como uma alternativa segura e eficaz. Com o uso de óvulos doados, mulheres que superaram o câncer podem realizar o sonho da maternidade com altas taxas de sucesso.

Em casos em que foi possível preservar óvulos ou embriões antes do início do tratamento oncológico, esses são geralmente a primeira opção. No entanto, para aquelas que não tiveram essa oportunidade, a ovodoação se torna a opção mais indicada.

Quando considerar a ovodoação e como escolher um banco de óvulos confiável

Recorrer à ovodoação é indicado quando a reserva ovariana está severamente comprometida, quando existe menopausa precoce ou há um histórico clínico em que as chances de gravidez com óvulos próprios estão muito reduzidas.

Também pode ser uma solução em mulheres portadoras de mutações genéticas que não possam ser resolvidas por meio do diagnóstico genético pré-implantacional.

A escolha de um banco de óvulos deve levar em conta alguns pontos essenciais: estar devidamente autorizado pelas autoridades sanitárias, cumprir normas éticas, garantir confidencialidade e anonimato conforme a legislação vigente. Além disso, é importante verificar os critérios de seleção das doadoras, a transparência das taxas de sucesso, a diversidade de perfis fenotípicos disponíveis e a qualidade do acompanhamento profissional oferecido durante todo o processo.

Resultados da ovodoação em mulheres que superaram o câncer

As taxas de sucesso da ovodoação em mulheres que venceram o câncer de mama são semelhantes às observadas em pacientes sem histórico oncológico, desde que estejam em bom estado geral e livres da doença. Isso significa que a probabilidade de engravidar e levar a gestação até o final não se reduz pelo fato de ter enfrentado um câncer.

O que pode variar são alguns riscos obstétricos, como hipertensão ou parto prematuro, que estão mais relacionados à idade materna e aos efeitos dos tratamentos anteriores do que à própria técnica de ovodoação.

Em resumo, a ovodoação oferece uma alternativa promissora, com resultados consistentes, para mulheres que, após superar o câncer de mama, desejam realizar o sonho de serem mães.

Vencer o câncer de mama é uma conquista imensa, mas não significa abrir mão do desejo de formar uma família. Com o devido planejamento, o acompanhamento de uma equipe médica interdisciplinar e, em muitos casos, o acesso à ovodoação, a maternidade após o câncer é não apenas possível, mas também segura.

Cada mulher tem uma trajetória única e merece um cuidado personalizado, no qual sua saúde, seu desejo reprodutivo e sua tranquilidade emocional sejam respeitados e priorizados.

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